sábado, 26 de dezembro de 2009


O amor
Não está atrelado ao certo
A regras
É sentir
Não é provar
É percepção
Não se cria
Não se programa
É voluntário
O amor
Não é feito de belas palavras
É conquista
Quando se quer
Quando se aceita
Pelo que é
É liberdade
É deixar amar
Não importa o sexo
É cultivo
Tão simples e difícil
Amar é restrito
A quem se permite amar.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009


Às vezes me calo na solidão do meu quarto
Sem ruídos
Às vezes me perco em paredes
Sem cor
Às vezes sou apenas uma sombra
Quando da vela se faz luz
Às vezes sonho quando durmo
Sonhos nítidos de um tempo que não vivi
Quero, às vezes, gritar em silêncio
Talvez assim eu toque o meu interior
Às vezes não consigo terminar um poema
Será incompetência?
Se for!
Se for, serei eu um pseudo-escritor?
Não importa!
Às vezes só eu escuto os soluços
Com rancor
Com mágoas
Às vezes, sem vergonha
Às vezes, com pudor
Não sou apenas palavras
Às vezes também sou pena sem tinta
Tinta que manchou o que passou...
Sou apenas passagem
Um trecho de um poema
Que aos poucos...
Se apagou.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Sustento demente

Sustento minha alma
Do teu acalento
Alimento-me
Do movimento do teu corpo
Quando meu
Bebo teu licor
Puro e sem cor
Sem pudor
Quando me doas
Dor e suspiro
Em gotas, amor
Em sonho
Teu toque que gosto
Somente teu
Marca minha pele
Ardente em minha mente
Doente...
Quero, sem coro
Coral sem canção
Belo choro metalizado
E adormecer em teus braços
Meu precipício sem perdão.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009


S2 Johan S2



Tenho algo pequeno

Tão grande quanto o universo

Guardado em meu coração

Meu e só meu

Logo do mundo o quando eu quisera

Meu, somente meu

Um foco lindo de luz.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009


Sufoca-me com teu alimento
Deixa-me sentir teu gosto
Entrelaçar-me em teus movimentos
Acariciar-te
Tocar-te parte a parte
Sentir-me incendiada
Loucamente perdida em palavras
Que já não sei pronunciar
Ver tua boca em formato
Que como a minha possui
Noites em noites claras
Ao som de um vinil
À luz do luar.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

SERENIDADE
"No teu colo descanso
Quando tenho teu abraço
Quando sonho...
Me conforta
Quando vejo teu sorriso
Quando beijas minha face
Logo sinto teu perfume
Em minha pele maltratada
Me confunde
Quando durmo em teus braços
Abro os olhos, me espanto
Sozinha, não há nada
Quando sonho..."

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009


Se de noite me queres
Chama meu nome
Que logo te encontro
Sem medo
Sem mentiras
Que te olho nos olhos
Te digo o que sinto
Se for obsessão, que seja
Mas meu corpo não engana
Que sei o que quero
Escondidos...
Ainda que seja, não importa
A noite minha
É noite tua
E tua pureza assusta
Ainda que tua
Será que existe?
E te quero
Sem culpa
Sozinhos...

domingo, 6 de dezembro de 2009



"Não tenho controle do medo
Que tenho quando do lado se esconde
Aquele que não conheço
Já não controlo minha mente
E temo em olhar para o lado
De repente me perco no escuro
E enxergo teus olhos escuros
Que me abrigam sem pedido
Não quero me esconder temendo
O que posso não encontrar
O que pode não existir
De repente me perco de novo
Olho, e já não seguro
Vejo meu medo no escuro
De minha mente
Só."

"O beijo que sugo da tua boca
Me embriaga em gozo interno
Hemorrágico
Explode e encharca
Minha face lívida
Dormente de excitação
E apodrece sanidade
Existente em minha mente."