terça-feira, 5 de julho de 2011

Às vezes nos deixamos entristecer por coisas sem tanto sentido, não damos valor em coisas que parecem ser pequenas ou, não aproveitamos momentos de nossas vidas que poderiam ser tão especiais. Há 2 anos e 4 meses perdi meu primeiro filho e sem a companhia que se abrigava em meu ventre me senti tão sozinha.



Johan, este é para você.


"Numa noite, num sonho
Vi teu rosto, teu futuro
Tão breve, nesse mundo
Me deixando sem querer
Teu semblante ainda puro
Sumiu por um momento
Acordei com dor no peito
Sem saber o que fazer.
De minha memória apagada
Nasceu em meu peito
Um medo, um receio
De te perder.
Primeiro teu sorriso
Depois o teu amor
Tua pureza de criança
Que nunca mamou
Numa noite escura tua alma se foi
Pra longe, no infinito
Num sono eterno
Puro e já sem sofrimento
Que essa terra te causou
Por pouco tempo ficou
Mas me ensinou com teu viver
Que, minha criança, existe amor
Que no meu peito ainda exista
Vida, vida, vida

4 comentários:

  1. Lindo! Perfeito! A inspiração deu vida ao poema, parabéns!!

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  2. Não sei como e esta dor, mas de uma coisa sei... Ele se tornou um Serafim, e o que minha vó diz quando uma criança se vai sem ter mamado, que ela se foi totalmente pura por não ter entrado em contato com a impureza deste mundo... Parabéns pelo poema!

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  3. Sinto muito! A poesia ficou linda, uma maravilhosa homenagem.

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  4. Que linda melodia amada! Uma lágrima de uma mãe, não é o mesmo peso das outras lágrimas, admiro vcs mães de uma tal forma que nem sabes, a força e o modo de perdoar é algo a se pensar.

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