sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Odeio quando tuas traças comem as migalhas que restam do meu corpo ébrio
É como se fossem alimentos suficientes para sustentar teu corpo podre
Minha carcaça já está bastante corroída
E de que restam sobras de uma mente um pouco sã,
Se tua intenção é me enlouquecer mais ainda?
Já sinto falta do teu corpo que esmago
Magro, que um vento só levanta
E meu corpo, o que é para ti?
Alimento puro de tua alma petrificada?
Não choro mais se sinto tua falta
Não chora, amor, em meu leito sinistro
Tuas lágrimas secas demonstram teu desprezo
Se um dia me amaste, foi puramente casual
Se um dia me odiaste, foi porque algo te fiz
E o que te fiz só eu sei dizer...
Guardo comigo teu anel de prata
E teu espírito que carrego
Guardo comigo tua boa intenção
Mas desculpe-me se cresci um mau feto
Dormirei em meu berço de veludo
Podes comer de meu corpo sujo
Já enlouqueci-me.

Um comentário:

  1. Como sempre não entendo a maior parte, mas é muito musical pra mim!
    grande abraço

    ResponderExcluir